Instituto de Cinema de SP

Agnès Varda, pioneira da Nouvelle Vague, morre aos 90 e deixa legado brilhante

A cineasta pioneira que marcou a geração da Nouvelle Vague francesa, Agnès Varda, faleceu nessa sexta-feira, aos 90 anos, em razão de um câncer.


A Nouvelle Vague foi um importante movimento cinematográfico que marcou o cinema francês nos anos 60 e que marca produções até hoje com seu legado contestatório.


Ela cunhou o termo "cinecritura" (cinecriture) para se referir a seu processo de trabalho, já que se envolvia em todas as etapas de produção: do roteiro e da direção, até a montagem, imprimindo sempre um estilo ousado e próprio.


Com uma vasta produção, com títulos como “Cléo das 5 às 7” (1962), “Os Renegados” (1985), “As Duas Faces da Felicidade” (1965) e “Os Catadores e Eu” (2000), Varda foi a pessoa mais velha a disputar o Oscar, com a indicação pelo documentário "Visages villages"(2017) em 2018, ganhando um prêmio honorário da Academia.


A cineasta era muito presente no Festival de Cannes com mais de dez filmes exibidos desde 1958 até os dias atuais, participando duas vezes do júri, ganhando uma Palma de Ouro em 2015.


Seu trabalho mais recente foi a série em documentário “Varda par Agnès”, apresentada no Festival de Berlim, em que ela mostra sua obra para um público ao vivo, dando detalhes do seu processo criativo.


O comunicado publicado feito pela família dizia que "A realizadora e artista morreu de câncer em casa, na noite de 29 de março, cercada da família e de amigos", além de descrever Varda como uma "feminista alegre" e "artista passional".


O InC lamenta profundamente a morte de Varda, que impressionou e impressiona amantes da sétima arte em todo o mundo.

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