Instituto de Cinema de SP

Cineastas negras brasileiras que você precisa conhecer

Recentemente, com as lutas anti-racistas marcando presença ao redor do mundo, a população de forma geral tem refletido a respeito de suas ações e posicionamentos diante das injustiças, e refletido também sobre o que podemos fazer para combater o preconceito, além pesquisar, ler sobre o tema, escutar as demandas e perspectivas dos grupos sociais oprimidos, devemos também consumir, prestigiar, divulgar e assistir o trabalho de cineastas e realizadores negros. Tendo isso em mente, a seguir separamos uma lista com 8 cineastas negras brasileiras e suas obras, confira!


Adélia Sampaio


Adélia Sampaio foi a primeira diretora negra de ficção brasileira, filha de empregada doméstica, atuou no cinema em diversas funções: continuísta, maquiadora, câmera, montadora e produtora. Lançou em 1984, o longa Amor Maldito, inspirado no caso real de uma mulher lésbica com a justiça. No filme, a personagem está sendo julgada como culpada pela morte de sua companheira, que na verdade cometeu suicídio.


Adélia dirigiu também o documentário: Fugindo do Passado: um drink para Tetéia e história banal, sobre a ditadura militar. Em 2018 dirigiu O Mundo de Dentro.


Ana Flávia Cavalcanti


Ana Flávia Cavalcanti, atriz que interpretou Dóris na Malhação em 2017, dá voz às mulheres negras e empregadas domésticas em , curta-metragem em que desenvolveu o roteiro retirando o argumento de sua infância, fez a produção e direção, além de atuar interpretando a própria mãe. 


Camila de Moraes


Camila de Moraes, jornalista nascida no Rio Grande do Sul, recentemente participou de uma Live do InC com o tema Mulheres no Cinema, dirigiu o documentário O Caso do Homem Errado, que conta a história do operário negro Júlio César, padrinho de seu irmão, que ao ser confundido com um assaltante, foi executado pela polícia em 1967.


Renata Martins


Renata Martins é a cineasta que escreveu, produziu e dirigiu o curta Sem Asas, que conta a história de um menino negro de 12 anos que sai para ir ao mercado comprar farinha de trigo para a mãe e na volta descobre que pode voar. Atualmente trabalha na produção da web série Empoderadas, que conta com a equipe de mulheres negras na produção audiovisual e visa expor o racismo e machismo e ampliar a representação e representatividade de mulheres negras, tanto diante quanto atrás das telas.


Viviane Ferreira


Viviane Ferreira, é a segunda cineasta negra à dirigir um longa-metragem no Brasil, O dia de Jerusa, história que gira em torno de duas gerações de mulheres negras, que partilham memória e vivências, assim encontrando respostas para amenizar a solidão cotidiana. O filme foi exibido na 23º mostra de Cinema de Tiradentes.


Sabrina Fidalgo


Sabrina Fidalgo, é uma cineasta, roteirista, atriz e produtora carioca, seus filmes já foram exibidos em mais de 300 festivais nacionais e internacionais, destaca-se o curta-metragem ficcional Rainha, com a atriz Ana Flavia Cavalcanti citada acima, que interpreta Rita, uma jovem que sonha em ser rainha de bateria da escola de samba da sua comunidade e quando finalmente consegue, passa a enfrentar situações obscuras em sua vida.


Glenda Nicácio


Glenda Nicácio, diretora e diretora de arte mineira, conta a história de Margarida em Café com Canela, uma mulher que vive isolada da sociedade após perder seu filho e separar do marido, até que uma ex-aluna bate em sua porta. A menina então assume a missão de devolver luz à vida daquela que havia sido importante para ela na juventude. No ano passado lançou o filme Ilha que conta a história de Emerson, um jovem da periferia que quer fazer um filme sobre sua história na ilha, um lugar onde quem nasce, não consegue sair.


Larissa Fulana de Tal


Larissa Fulana de Tal é uma jovem cineasta, expoente no cinema negro brasileiro, consciente da marginalização de negros e negras no cinema brasileiro, luta contra a estereotipação e o preconceito e também por conquistar seu espaço. Larissa dirigiu o filme Cinzas, lançado em 2015, que trata do cotidiano de Toni, um personagem fictício, mas que carrega em si a vivência de muitos personagens reais.


 


Por Larissa Stubbe.

voltar
Fale Conosco Ícone branco transparente WhatsApp