CRÍTICA | Sonic: O Filme
Sonic: O Filme tinha sua estreia marcada ainda para o ano de 2019. Porém, tanto a Sega, desenvolvedora da franquia dos jogos de videogame, quanto a Paramount, optaram por adiar esta data em alguns meses.
O principal motivo do adiamento foi a forte rejeição do público ao primeiro trailer do longa, divulgado em abril de 2019, em razão da aparência do personagem principal. O personagem Sonic claramente ainda não estava pronto, e agora, após poucos meses e muita adaptação, podemos vê-lo nas telonas muito mais aliviados.
Baseado na franquia de jogos da Sega, Sonic: O Filme tem início em sua cidade natal, da qual o famoso ouriço azul precisa sair para escapar daqueles que querem o seu poder. Assim, Sonic é transportado através de um anel (como nos jogos) a uma cidadezinha fictícia chamada Green Hills. Lá, em razão de sua situação de fuga, Sonic (com voz original de Ben Schwartz) não pode ser visto por ninguém, passando o tempo sozinho em sua caverna, ou espionando os moradores da cidade, em especial o policial Tom Watchowski (Jason Marsden). Tudo muda quando, sem querer, Sonic dá causa a um apagão, chamando atenção do governo, que contrata o Dr. Robotnik (Jim Carrey), famoso vilão dos jogos, para investigar. Para escapar, Sonic conta com a ajuda de Tom, criando uma primeira grande amizade que será o foco da narrativa durante uma divertida roadtrip.
O objetivo do diretor (Jeff Fowler) de agradar tanto os fãs dos jogos dos anos 90, quanto aqueles que não conheciam o personagem ficou bem claro. Alguns elementos, como o personagem de Jim Carrey, os anéis que Sonic usa para se transportar e referências encontradas na caverna do personagem, remetem aos jogos, mas, num todo, o filme conta uma história independente, que pode ser aproveitada tanto por quem já conhecia a franquia, quanto por quem nunca teve contato.
A trilha sonora do filme merece destaque, com músicas tanto atuais como clássicas do rock, traduzindo bem o clima de cada cena. Além disso, outro ponto que merece destaque é, claro, a atuação de Jim Carrey, sendo que o jeito característico de seu trabalho é, além da personalidade do próprio Sonic, o centro de humor do filme.
As duas cenas pós-crédito surpreendem com mais referências aos jogos e deixam grande expectativa sobre uma provável continuação, que, apesar de ainda não ter sido confirmada oficialmente, já alimenta rumores inclusive de uma possível participação de The Rock.
O longa está fazendo grande sucesso em diversos lugares. Nos Estados Unidos, por exemplo, se manteve em primeiro lugar nas bilheterias durante sua segunda semana em cartaz, arrecadando mais de US$ 200 milhões mundialmente até o momento.
A história é, em sua essência, sobre amizade e família, explorada na relação entre o nosso querido ouriço-alien e o policial Tom. Divertida e bem humorada, vale a pena conferir!
Por Ana Clara P.S.M.O
