Instituto de Cinema de SP

Lista | Cinema Queer

Para celebrar o mês do orgulho LGBTQIA+, preparamos uma lista com 10 Filmes que contam com a temática. Então, se preparem para poderosas, e sensíveis, tramas, que comunicam e celebram lindas descobertas e desventuras, e que acima de tudo, apresentam o amor.


Uma Mulher Fantástica (2017)


Dirigido por Sebastián Lelio, o filme nos conta história de Marina (Daniela Vega), uma mulher transexual que acaba testemunhando a morte do namorado, Orlando (Eugenio Francisco), que sofre um mal-estar repentino e não resiste. Além de ter que lidar com a dor da perda, Marina enfrenta os maus-tratos da família de Orlando, que não aceitam o relacionamento que os dois tiveram. Ao longo do filme, acompanhamos Marina ao lidar com diversas cenas de humilhação, seja direta ou indiretamente. Porém, o luto persiste, e ela decide não se deixar levar pelo preconceito e injustiças, decidida a se despedir do amado.


O filme foi o vencedor do prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar de 2018, do prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Grande Otelo do Brasil em 2018, além de receber outros inúmeros prêmios internacionais.


Moonlight (2016)


Grande vencedor do prêmio de Melhor Filme no Oscar 2017, Moonlight conta a história de Chiron (Alex Hibbert/Ashton Sanders/Trevante Rhodes), um garoto negro, morador de um pobre bairro em Miami que, frente a uma jornada de autoconhecimento, luta para não entrar no caminho das drogas e da criminalidade, e em meio a tanto racismo e discriminação, acaba descobrindo que solidariedade e amor podem surgir mesmo em meios adversos.


Além do prêmio de Melhor Filme, o filme dirigido por Barry Jenkins levou o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Coadjuvante (pela grande atuação de Mahershala Ali).


Mãe só há uma (2016)


No longa-metragem dirigido por Anna Muylaert, acompanhamos a história de Pierre (Naomi Nero), um jovem de 17 anos que, em meio a construção de personalidade e sexualidade, descobre ter sido sequestrado na maternidade. Ele então se vê forçado a uma mudança de lar e de família, tendo que enfrentar essa transformação drástica em meio a uma procura por sua própria identidade.


Uma obra bastante sensível, que conta com excelentes atuações, recebendo prêmio no Teddy Awards, nome dado à mostra independente da Berlinale voltada às produções com temática LGBT no Festival de Berlim.


Priscilla, A Rainha do Deserto (1994)


Dirigido e escrito por Stephan Elliott, o filme acompanha a trajetória de Mitzi (Hugo Weaving), uma drag queen que, junto às companheiras Felicia (Guy Pearce) e Bernadette (Terence Stamp), viaja no ônibus estilizado nomeado de Priscilla, a caminho de um resort em Alice Springs, para performar no estabelecimento gerenciado por sua esposa Marion (Sarah Chadwick). No percurso, as três encaram diversos desafios, numa jornada que mudará suas vidas.


O filme venceu o Oscar de Melhor Figurino em 1995, além de receber diversas indicações no Globo de Ouro e Bafta.


Me chame pelo seu nome (2017)


Ambientado em uma pequena cidade no norte da Itália, o filme conta a história de Elio (Timothée Chalamet), um jovem que passa a temporada de férias junto a seus pais em sua casa de campo. Seu pai, Samuel (Michael Stuhlbarg), um estudioso da cultura greco-romana, recebe em sua casa Oscar (Armie Hammer), um acadêmico que vai até a Itália para ajudá-lo em suas pesquisas. Com o passar do tempo, Elio e Oscar acabam se aproximando, e o jovem garoto, em meio a sua emergente sexualidade, vê o início de seu primeiro grande romance.


Inspirado pelo livro homônimo de André Aciman, o filme foi premiado com o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado em 2018.


Brokeback Mountain (2005)


Ennis Del Mar (Heath Ledger) e Jack Twist (Jake Gyllenhaal) se conhecem no Wyoming, em 1963, quando foram trabalhar com a criação de ovelhas para um rancheiro maldoso. Diante do isolamento das montanhas de Brokeback, os dois acabam tendo um breve relacionamento. Após o término do serviço, os dois seguem suas vidas separadamente, se casando e constituindo família em estados diferentes. Após muitos anos, os dois decidem reatar o contato, e acabam se encontrando algumas vezes anualmente, deixando vivo o romance iniciado em 1963, que acaba por se manter por muitos anos, até os dois enfim tomarem uma decisão.


O filme conta com grandes atuações dos protagonistas, e venceu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Direção para Ang Lee.


Retrato de Uma Jovem em Chamas (2019)


Nesta trama, ambientada na França do século 18, somos apresentados a Marienne (Noémie Merlant), uma jovem pintora contratada para pintar o retrato de Héloïse (Adèle Haenel), para que a mãe desta possa levar o retrato a seu futuro marido. Porém, Héloïse não se agrada com o casamento, e por isso não aceita posar para nenhum artista. Por isso, Marienne se passa por companheira de passeios para Héloïse durante o dia, enquanto de noite pinta seu retrato através da memória. Com o passar do tempo, a cada novo passeio que as duas fazem juntas, um romance se inicia entre as duas, porém isso vai ser posto à prova quando Marienne precisar falar a verdade.


O filme venceu o César de Melhor Fotografia, além de receber o prêmio de Melhor Roteiro e da Palma Queer no Festival de Cannes. Confira a crítica do filme nesse link.


Com amor, Simon (2018)


Nesse filme, baseado no livro homônimo de Becky Albertalli, somos apresentados a Simon Spier, um garoto de 17 anos que leva uma vida normal, porém sofre por esconder dos pais e amigos o fato de ser gay. Ele então decide se abrir anonimamente na internet, e se apaixona por um dos colegas de classe, que também abriu na internet, sob o nome fictício de Blue. A partir disso, Simon parte a procura de Blue, imaginando a todo momento quem ele poderia ser, fantasiando as possibilidades e colocando distintas vozes nas palavras dos e-mails que ele recebe.


Tomboy (2011)


Dirigido e escrito por Céline Sciamma, o filme conta a história de Laure (Zoé Héran), que ao se mudar com a família para uma nova cidade, decide sair para conhecer os novos vizinhos do condomínio. Ela então conhece Lisa (Jeanne Disson), uma garota que mora no bloco ao lado, e se apresenta como Mickael. Ao se apresentar para o resto da turma, podemos acompanhar Mickael em suas desventuras com a nova identidade, ao mesmo tempo em que esconde tudo isso de seus pais e irmã.


O filme conta com uma visão muito sensível e bonita mostrando as relações em cena, e foi vencedor do Prêmio Teddy no Festival de Berlim de 2011.


Carol (2015)


Nesta trama, ambientada em Nova Iorque nos anos 1950, vemos a história de Therese Belivet (Rooney Mara), uma atendente de uma loja de brinquedos, que tem sua vida mudada ao conhecer Carol Aird (Cate Blanchett), uma elegante e misteriosa mulher, que procura na loja um brinquedo para dar de Natal à sua filha. Logo após o primeiro contato, as duas sentem uma inusitada conexão. As duas decidem então fazer uma viagem juntas, e acabam por fim se envolvendo. O romance é interrompido quando Carol é ameaçada por Harge, seu marido, que na busca desesperada por um meio de manter as aparências de seu casamento, ameaça Carol de tirar definitivamente a guarda da filha do casal, e então a relação entre as duas é colocada a prova.


O filme recebeu o Queer Palm e o Prêmio de interpretação feminina no Festival de Cannes de 2015.


 


Por Pedro Dourado

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