Instituto de Cinema de SP

Mulheres no Cinema: Agnès Varda

“Mulheres precisam fazer piadas sobre si, rir sobre si, porque elas não têm nada a perder”.


Agnés Varda, nome artístico de Arlette Varda, nasceu em Bruxelas em 1928 mas radicou-se na França,onde exerceu sua carreira como cineasta e fotógrafa. Agnès foi - e ainda é - um ícone da mulher no cinema. Conhecida por suas produções de crítica social e também por suas criações por trás da câmera, tem seu nome consagrado na cinematografia mundial.


Ela lançou seu primeiro longa-metragem, “La Pointe Courte”, em 1954 - uma época em que poucas mulheres dirigiam filmes. Desde então, assinou a direção de grandes obras que não só a consagraram como uma das maiores diretoras da história, mas também revolucionaram a história do cinema.


Em seguida, ela fez sucesso com os filmes "Cléo das 5 às 7" (1962); "As Duas Faces da Felicidade" (Le Bonheur, 1965); o documentário “Black Panthers” sobre os Panteras Negras e sua militância em 1968 com seu marido quando viveram em Los Angeles; "Uma Canta e Outra não" (1977); "Os Renegados" (1985), premiado com o Leão de Ouro do Festival de Veneza; "Os Catadores e Eu" (1999), que foi exibido em Cannes e ganhou como melhor filme francês em 2000; o documentário biográfico "As praias de Agnès"; e por último, aos 87 anos, ativa e cheia de projetos lançou "Visages, Villages" em 2016 que concorreu ao Oscar e ao César.


Seus filmes eram focados no realismo documental, sempre engajada politicamente, abordava temas como o feminismo e críticas sociais, em seus trabalhos utilizava muitas locações ao invés de estúdios ou sets de filmagens e atores amadores, incomum para a época, sua carreira precede o período da Nouvelle Vague (sendo o único nome feminino do movimento) dizia buscar a verdade por trás da câmera.


Seu companheiro de vida foi o também cineasta Jacques Demy (1931-1990), com quem teve dois filhos e compartilharam diversos projetos. 


Foi homenageada recebendo o Oscar Honorário em 2001 e 2017, foi a primeira diretora a receber o prêmio e defendeu o trabalho independente, longe dos blockbusters de Hollywood.


Agnès morreu em 29 de março de 2019, aos 90 anos, em decorrência de um câncer, deixando a marca de seu talento para sempre impressa na história do cinema. 


Vale a pena assistir "Varda por Agnes" (2019), lançado pouco tempo depois de sua morte, seu filme-testamento que soma fotografia, cinema e instalações artísticas,  e que leva como lição o espírito de coletividade e as três palavras: inspiração, criação e compartilhamento.


 


Caso você queira aprofundar seu conhecimento sobre seus filmes e carreira, aproveite o curso Agnès Varda - Online (AO VIVO) elaborado em parceria com a 2001 Indica, e ministrado pelo crítico de cinema Sérgio Alpendre, que começará no dia 17/06!


Neste curso, você irá conhecer todo o percurso cinematográfico da cineasta desde seu filme inaugural da Nouvelle Vague francesa até seu laudo documental. Assim compreendendo como a diretora construiu sua reputação de cineasta, sua formação ligada às vanguardas artísticas, suas invenções por trás das câmeras e seu cinema documental, até o século XXI. Tudo isso com interação direta com Sérgio Alpendre, que além de crítico de cinema é professor, pesquisador, curador e jornalista, doutor em Comunicação/Cinema.


 


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Por Larissa Stubbe

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