Musicais no MIS
A nova exposição do Museu da Imagem e do Som, Musicais no Cinema, está em cartaz até dia 16 de Fevereiro de 2020.
A Mostra, concebida pelo Musée de la Musique - Philharmonie de Paris, traça um panorama sobre o universo do gênero musical no cinema nacional e internacional.
Desde os primórdios do cinema musicado até obras recentes, como o premiado La La Land, a exposição reúne, a partir de fotografias, vídeos, cartazes, documentos de produção, figurinos e depoimentos, filmes de diferentes partes do mundo, além de trazer figuras marcantes como Fred Astaire, Jacques Demy, Bob Fosse, Julie Andrews, Cyd Charisse e John Travolta.
A montagem no MIS conta com a curadoria do cineasta Duda Leite e inclui um amplo painel da produção de musicais produzidos no Brasil, com destaque para filmes da chanchada e do Cinema Novo, além de um espaço inteiramente dedicado a Carmen Miranda, contando com a exibição de trechos de filmes clássicos.
O gênero musical tem seus críticos e seus amantes. Nascido nos Estados Unidos em 1927, junto com a introdução do som nos filmes, desenvolveu-se graças ao sistema hollywoodiano e prosperou inclusive em épocas de crise.
Inspirando diversos países, o gênero manifestou-se no Brasil desde os anos 1930, com as chanchadas carnavalescas ao ritmo do samba, produzidas principalmente nos estúdios da Atlântida eram julgadas pelos críticos e amadas pelo público. Trazendo nomes como Grande Otelo e Oscarito.
Carmen Miranda, por sua vez, sai do Rio de Janeiro e leva seu samba americanizado para as telas de Hollywood, tornando-se a brasileira mais famosa do século XX.
Mais tarde, cineastas como Cacá Diegues e Leon Hirszman associam canto e dança para expressarem-se no Cinema Novo. Em cumplicidade com compositores como Chico Buarque e Antônio Carlos Jobim, lançam clássicos como Quando o Carnaval Chegar (1972) e Garota de Ipanema (1968).
Na década de 1980, os filmes brasileiros entram no clima new wave e do rock, trazendo títulos como Bete Balanço (1984) e Rock Estrela (1986), ambos de Lael Rodrigues. E, a partir dos anos 2000, o cinema brasileiro passa e explorar cinebiografias, trazendo a vida e a obra de artistas importantes como Cazuza - O Tempo Não Pára (2004), Tim Maia (2014) e Elis (2016).
A exposição está imperdível e você ainda pode aproveitar a promoção de férias com ingressos a partir de R$10,00!!
Por Isabella Thebas