Instituto de Cinema de SP

O que faz o Cinegrafista de Cinema?

O que faz um cinegrafista de cinema?


Para entender o que um cinegrafista faz, é necessário entender a diferença entre ele e um operador de câmera, que no cinema é o profissional responsável pelo manuseio da câmera sob a supervisão do diretor de fotografia e do diretor, que supervisiona as imagens gravadas através de monitores (Video Assist). 


O cinegrafista por sua vez é um profissional com maior autonomia, muitas vezes assumindo o papel de diretor de fotografia. Nesse caso, não há a necessidade de ser supervisionado por outros profissionais, e o profissional torna-se responsável também por iluminar a cena. Em outras palavras, é a pessoa da equipe que deve “contar a história com a luz e as imagens em movimento”.


Como me tornar um cinegrafista?


Para se tornar cinegrafista é ideal que tenha algum tipo de formação ou especialização em Cinema, Rádio e Televisão, Produção Audiovisual, ou até mesmo um curso livre específico, como de operador de câmera e de direção de fotografia. Para que assim tenha conhecimentos de iluminação e enquadramento, conheça bem os equipamentos, entre outras técnicas, e é claro, muita prática! É possível aprender muito tendo a oportunidade de ser assistente de câmera.


Quanto ganha um cinegrafista?


Há várias possibilidades de atuação na área, como na televisão, jornalismo, publicidade, entre outros. No cinema especificamente, segundo a tabela da Sindcine mais recente, o piso salarial de um cinegrafista é de R$1064,00 enquanto a média de ganhos gira em cerca de R$ 1.800 por semana, dependendo do tamanho de sua produção ou se trata-se de um longa ou curta metragem, minissérie, série ou produções independentes.


Em quem se inspirar?


Um dos grandes nomes de cinegrafistas brasileiros que vale a pena se inspirar é o Dib Lurfi, sendo um dos responsáveis pela consagração da estética do Cinema Novo, representada pelo famoso lema “Uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”, a sua habilidade com a câmera chamou atenção de Glauber Rocha, que o convidou para trabalhar em “Terra em transe” de 1967.


Outro grande nome é o Gustavo Hadba, fotógrafo e operador de câmera, iniciou sua carreira nos anos 90 e trabalhou em grandes produções como “O que é isto, companheiro?”, “Pro dia nascer feliz”, “Irmã Dulce”, entre muitos outros! 


Vale a pena conferir também o trabalho do Fabricio Tadeu que iniciou sua carreira como assistente de câmera em 1992, desde então atuou como diretor de fotografia e operador de câmera em sucessos brasileiros como “Cidade de Deus”, “A mulher invisível”, “O som ao redor”, entre muitos outros. E internacionalmente, em “Os Mercenários”.


Com trabalhos mais recentes podemos lembrar de Lula Carvalho, cinegrafista que iniciou sua carreira no final do século passado, na chamada retomada do cinema brasileiro, e destacou-se como diretor de fotografia em filmes brasileiros premiados como “Tropa de Elite 1 e 2” e também em filmes internacionais como “Robocop” e “Tartarugas Ninja”, além da célebre serie da Netflix, “Narcos”.


 


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Por Larissa Stubbe


 

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