Theatro Municipal exibe longas nacionais gratuitamente na 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo
Essa semana começa a 43ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, na qual durante dias serão exibidas obras audiovisuais em diversos pontos da cidade; um desses pontos é o Theatro Municipal de São Paulo, que divulgou uma programação especial para a mostra.
São cerca de 300 títulos considerados inéditos no país, e acontece do dia 17 até 30 de outubro, em 34 cantos da cidade; inclusive nos já conhecidos pelo evento: CineSesc, Frei Caneca, Espaço Itaú, Reserva Cultural, MIS, Cinemateca, Cinesala, Cinearte e Petra Belas Artes.
A novidade deste ano é a programação no Theatro, levada em parceria com a Spcine, onde serão exibidos gratuitamente alguns longas-metragens nacionais que ainda não vieram a público no Brasil, o que torna a oportunidade de assistir a esses filmes no Theatro Municipal ainda mais instigante. O filme responsável pela abertura do evento no local é A Vida Invisível, de Karim Aïnouz (Praia do Futuro e Madame Satã), o representante do Brasil no Oscar.
A Vida Invisível será exibido nesta sexta-feira (18), às 20h30. O longa, além de estar na corrida para representar o Brasil no Oscar, fez sucesso em Cannes, ao levar o prêmio da mostra Un Certain Regard. A história é adaptação do livro A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Martha Batalha - e além da direção de Karim tem produção do grande Rodrigo Teixeira. A história acompanha duas irmãs que têm anseios diferentes, mas são como uma pessoa só em meio ao mundo.
A programação no Theatro conta com seis sessões entre os dias 18 e 20 de outubro, e além de A Vida Invisível, recebe títulos como Três Verões, que tem Sandra Kogut (Mutum e Campo Grande) na direção e leva um enredo interessante, mostrando a perspectiva de empregados de uma família rica sobre a Operação Lava Jato. Regina Casé está entre os nomes do elenco e o filme será apresentado às 21h do sábado.
No fim de semana acontecem sessões na parte da tarde, sempre às 16h, e os filmes exibidos serão Abe, com Noah Schnapp - o Will de Stranger Things e Seu Jorge e direção de Fernando Grostein Andrade (Quebrando o Tabu e Coração Vagabundo). Turma da Mônica: Laços, de Daniel Rezende (Bingo: O Rei das Manhãs) rola no domingo e terá presença do diretor.
E por fim, para fechar o circuito de filmes exibidos no Theatro: Babenco, Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou. O documentário, que foi premiado no Festival de Veneza, encerra no dia 20 às 20h30. Bárbara Paz, que faz sua estreia na direção, conquistou o Prêmio da Crítica Independente e o troféu de Melhor Documentário. A direção é por sua conta, mas está também como produtora ao lado de Myra Babenco e os irmãos Gullane.
O longa traz a história de Hector Babenco, importante diretor que nasceu na Argentina e em 1977 naturalizou-se brasileiro. Um dos maiores filmes nacionais de todos os tempos, Pixote: A Lei do Mais Fraco (1980), é uma de suas realizações; em sua filmografia ainda encontramos O Beijo da Mulher Aranha (1985), que chegou ao Oscar, e Carandiru (2003).
Para adquirir ingressos para as sessões no teatro, é só retirar na na Central da Mostra na véspera das exibições ou na bilheteria do Theatro uma hora antes de cada sessão. Lembrando que a mostra acontece entre os dias 17 e 30 e conta com uma programação gigante. Fique por dentro!
Por Mariana R. Marques
